sexta-feira, abril 14, 2006

Bom, e torno a reescrever essas inutilidades tão peculiares a mim após algum período em exílio por qualquer perda vã de interesse, quiçá inspiração(livra-me disto Deus!). Não cairei na tolice de divagar sobre a relatividade desse tempo por ser estes clichês óbvios e irritantes a injunção deste stand by. Quantos imbecis divagam sobre o tempo todos os dias, isso é um motivo de tristeza perante algo que outrora já excitou de físicos contemporâneos a poetas clássicos escoceses. Mais frivolidade até aqui.
Uma voz inquietante soou antes do meu adormecer por estes dias desleais clamando: - "Escreve, descreve-te!" Entretanto a capacidade abstrata de ímpeto à escrita (também cabe a nomenclatura coragem de levantar e digitar asneiras cotidianas) refugou-se por mim e para mim, assolando em fotografia a uma árida vivência insossa que corou minha indolência ociosa: -"Ah, vamos lá! Mais um entediado da Idade Moderna queixando-se ao vento desses dias hostis?" – Pode ser, diria. Dane-se, digo.
Não há um conflito decerto. A mecanização vital da rotina comum transgredia a consolação ao pensamento, transcendendo ao sentimento, "racionalizando" o ser humano programado a cada limiar de horas zeradas, roda dinâmica de entradas e saídas. Pessoas por todas veredas percorridas, tão efêmeras quanto a cara de cada cachorro faminto por afago e comida em cada esquina, tão efêmeras quantos meus pensamentos concupiscentes relativos àquelas nádegas flácidas das bem-aventuradas missionárias evangelizadoras que me abordam a caminho do trabalho : é fato, preciso reencontrar Jesus (...)
Parou.
Não, aqui ainda sinto a pulsação obrigar minha existência. Não foi por hoje que linhas óbvias e errôneas salvaram-me do tédio dessa nossa existência letárgica. Não devo prosseguir.

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