quinta-feira, julho 20, 2006

Rebeliões #2

"Não será fácil, embora faça muitas coisas não fará isto" e assim o prognóstico difuso nos discursos dos analistas urbanos teimara em concretiza-se. Fez-se na realidade, impondo atitudes que desvinculariam do senso comum. Instigava-o a possibilidade do cópula com a figura imaculada de outrora, de fato, a substância ali era ainda pueril. Embora castidade não seja uma idéia mensurável no seu valor tradicional social (concebida em sua disposição antropológica, nunca dissecada por graus genéricos quanto ao aspecto fisiológico feminino ), aplainar terrenos tortuosos sempre fora um ofício digno que me genitor generosamente repassou-me. Então pus-me a concatenar cada elemento componente daquela panorama de inquietação do meu estado psicológico para projetar minha ação:

-Uma dança, apenas uma dança senhorita...


Com um sorriso mordaz a concupiscência feminina quase comungou com aquela criança augusta e em segundos estávamos ao atrito de nossas vergonhas em um acordo tácito, hedonista em essência.
A madrugada não tarda ao passo que as esbórnias colorem em preto e branco o centro soturno da cidade. Os parnasianos esboçaram reações no pedido óbvio de fuga para o lugar dela. Embora não tenhamos tomado um tílburi medieval inflamado pelos hormônios eqüinos, sim, sua cabeça projetada em meu ombro salientam os meus, hibernados no relento do âmago de um pretenso existencialista. Era um merda, de fato.
Contra a parede, passaram as três da manhã, sirenes, ópio, luxúria incipiente, rancor, putrefação, penetração, alcova, COITO BABACA, COITO!
(...)


Angustiante , não seria fácil. Voltou-se ao silêncio sob a representação daquilo que era lícito para os outros, tão vital para os dois. Vigiou-se ao tomar um outro tílburi...o perigo não era a tendência, a justificativa para o medo era falha. Deveras ser tarde para toda ponderação como não haveria de ser a um moribundo a vagar ao gozo ignavo (ignóbil).