domingo, novembro 18, 2007


Sem prévias contextualizações que fomentem ao leitor o que se passara com este autor nos útlimos meses, atiro-me objetivo para tentar fotografar a noite passada.
Ela...bom a conheci de forma tão inusitada mas ao mesmo tempo tão comum já para mim:oferecendo carona ao término de mais uma noite de pseudolazer. Ela aceitara e era inevitável meu estabelecimento de conceitos razos sobre a pessoa dela. Ora, paciência, era fácil enquadra-la naquela figura simplista de mulher consumo.
Porém não o fora. Não o fora naquela noite, não seria posteriormente. E não o fora por essas circunstâncias surpreendentes que o acaso nos oferta como forma válida de nos enganarmos ao máximo quanto ao caráter óbvio de um hipocondríaco em relação a vida: tudo é tão imutável e estúpido que não teríamos pelo que crer e viver, daí a validade dessas brincadeiras do acaso.
Ela se tornara a única compania daquela noite,que me parecia tão promissora e se mostrou tão hostil em seu transcorrer. Suas revelações me provocaram, eram palavras mais narcotizantes do que todo aquele emaranhado de maconha do evento. As linhas delas por vezes se chocavam com as de minha outra namorada. Mas eram meras semelhanças. Havia muito mais ali.
Há muito não sentia aquela expectativa por algo(alguém). Há pouco tudo se dissolvera e se tornara menos denso que o ar. Juro que foi inevitável. Quase ao término do evento eu não tinha qualquer prognóstico do que aconteceria com o passar das horas, algo muito raro ultimamente.Lembro de uma garota loura que me fitava francamente, mas é desnecesário dizer que àquel altura eu tentava me situar do que era, do que seria e o buscar porquês na existência daquela que me tirara de casa naquela noite de sábado com ansiedade há muito rarefeita.
Quando desceu do carro e ganhou a sua casa, ela se tornou ainda mais enigmática para mim. Tento pensar que houvera a concretização de um dejá vu. Mais provável que tenha sido apenas mais uma compania, mais um sábado á noite ou mais uma história para contar para os colegas numa mesa de bar.
Com um abraço e um até breve nos despedimos. Apenas quero compreender do que de fato ela pode me salvar.